um texto sobre mim,
gostaria de (não) me despedir...
depois de todo esse tempo, fico pensando qual seria o caminho a seguir,
olho pro lado e já não vejo você.
a cada porta, cada vão, cada vã bifurcação, uma duvida um lamento, uma alegria um contentamento, olho pro lado e não vejo você.
encaro as dificuldades, apanho, levanto,choro,me fortaleço,me embriago, e sigo nessa vida pelo conhecimento,
olho pro lado e não vejo você.
sigo meu caminho e conheço o sabor da vitória, recolho meus espólios,e vejo o mais puro brilho da aurora,
olho para o lado e não vejo você.
afasto do peito cada sentimento rarefeito, que mesmo em sua minima proporção me leva a sentir qualquer dor, á solidão.
E penso em você quando olho para o lado e não te vejo mais ali,
do que adianta subir e subir e subir se quando chego ao topo, acima das nuvens quando olhar para o céu e olhar pro lado, você não vai estar ali?
talvez de forma clara, e egoísta que sou, abraçado a minha humanidade, aos meus defeitos e pensamentos de inferioridade, não tenha percebido, que ao olhar para o lado e não ver você é tão relativo e necessário para crescer!
esse vazio que me impede de subir, me leva a crer que eu preciso me despedir...
mas que tolice! não há como se despedir,
sempre olhei para o lado a lhe procurar em vão,
a cada lagrima,a cada luta,a cada vitória,
você estava e estará no meu coração!
não alcance ao toque, ao beijo, ao carinho e cada personificação física do sentimento,
mas ligada a minha alma, a luz da minha escuridão.
não se trata de um adeus, e nem deveria, nem de qualquer despedida infinita,
mas de agradecimento e considerações,porque quando acaba uma história outra começa,
mesmo em diferentes relações!
que a nossa história nunca termine, namorados, amigos ou irmãos,
felizes e orgulhosos do que somos e do que fomos um para o outro!
não vou dizer adeus!
obrigado por tudo, até logo!
Rafael Costa Almeida